O chefe se dirige à equipe, dá uma lista de metas a serem alcançadas, um prazo a ser cumprido e deseja boa sorte na execução. Mas será que os profissionais possuem as condições necessárias para realizar o objetivo? O prazo é realmente viável? Muitos profissionais já se depararam com essa situação ou ainda vão se deparar. Sem levar em consideração questões como estas, os funcionários são exigidos por não terem conseguido atingir as propostas.
Episódios deste tipo podem ser evitados com o uso de uma técnica já utilizada no meio profissional, mas que ainda necessita ser desenvolvida ainda mais entre os líderes: o feedback, que nada mais é do que um retorno dado de um profissional a outro. Muitas vezes, o feedback pode ser confundido com uma crítica, pois ele é geralmente dado em momentos negativos ou quando acontece um problema. Porém, ele também deve ser passado em situações positivas, como forma de estimular a equipe a aprimorar cada vez mais o trabalho. Segundo o empresário e diretor da MOT Consultoria, Alfredo Castro - em entrevista ao portal rh.com.br -, “o feedback é sempre mais eficiente se ele permite que a outra pessoa ‘mude’ comportamentos para melhor no futuro, e não quando se fala somente sobre o passado”. As empresas devem procurar um equilíbrio entre feedbacks positivos e negativos.
O maior agente do feedback deve ser a liderança, mas ele também pode e deve acontecer por iniciativa do funcionário. De acordo com Alfredo, as maiores dificuldades ao conduzir o feedback são: “a falta de treinamento dos líderes e das equipes, um ambiente não propício gerado pelo líder maior da organização ou as condições físicas nas quais as equipes trabalham - muitas vezes, os líderes não estão no mesmo ambiente físico e se não possuem técnicas adequadas o feedback pode ser inexistente ou ser realizado de forma inadequada”.
É importante que a equipe esteja ciente que esse é um processo que visa colaborar com o melhor desempenho da empresa. Por isso, o feedback pode acontecer periodicamente ou quando ocorrerem situações específicas. Quando executado, ele deve ser livre de julgamentos pessoais ou preconceitos. Alfredo destaca quais elementos devem estar presentes em um feedback bem sucedido. “Deve haver sinceridade, especificidade. Focalizar o que foi feito e o impacto deste comportamento. Uma regra muito importante: não julgue! Trate de identificar o que foi feito e as consequências destes atos - e como pode ser feito cada vez melhor no futuro”, conclui o empresário.
