Os jovens são os mais afetados pela crise econômica registrada no país, principalmente no que diz respeito ao mercado de trabalho. Uma pesquisa realizada pelo IBGE aponta que o desemprego na população em geral foi de 8,3% no primeiro semestre de 2015 para 11,3% no mesmo período de 2016. Enquanto isso, a taxa de desemprego entre a população de 14 a 24 anos passou de 19,3% para 26,5% na mesma comparação.
Estes dados podem ser explicados. Em momentos de crise econômica como o que país está enfrentando atualmente, as empresas preferem manter os cargos mais altos e com isso, as vagas ocupadas pelos mais jovens são as primeiras a sofrer cortes. A falta de experiência profissional e de qualificação também colaboram para que essa parte da população demore mais tempo para se estabilizar no mercado.
Tanto os jovens que já estavam trabalhando e acabaram sendo demitidos quanto os que pretendem ingressar no mercado de trabalho agora encontrarão dificuldades. A alternativa é aproveitar o tempo livre para qualificar-se ainda mais, afinal, quando as vagas surgirem, os com mais preparo terão melhores chances.
Apesar de tudo, a perspectiva é que no início de 2018 o cenário apresente melhoras. Segundo a economista Juliana Serillo - em entrevista para a Exame -, a expectativa é que em dezembro de 2017 o índice de desemprego agregado já diminua para 10,6%. Ou seja, o número de pessoas a procura de um emprego deve ser menor.
