Mentalidade voltada à mudança e o papel de cada um no contexto de conexões sistêmicas foram assuntos abordados nesta quinta-feira no CONGREGARH 2023

Um painel que evidenciou a urgência de se repensar práticas enraizadas seguido de uma palestra de viés filosófico e holístico encerraram a programação de conteúdos desta quinta-feira, 22, no palco principal do CONGREGARH. As últimas palestrantes analisaram os temas “mudança” e “conexões”, e conectaram esses assuntos às realidades das empresas e dos profissionais de Gestão e Pessoas.  

 

Lauren Aita e Beatriz Chaves falam sobre transformação e liderança e debatem o tema no olhar do agronegócio

O painel “Pensando a Mudança”, da tarde desta quinta-feira, 22, promoveu reflexões sobre o presente e o futuro do trabalho nas organizações. Conduzido por Lauren Aita, consultora em inovação e intraempreendedorismo, o bate-papo contou com a participação de Beatriz Chaves, head de desenvolvimento de negócios na Syngenta, uma das maiores empresas de insumos agrícolas do mundo, que falou sobre o tema no contexto do agronegócio. 

 

Para conectar os assuntos, a mediadora compartilhou sua visão sobre inovações tecnológicas. “Acredito que a tecnologia chega para atender a um anseio, que é deixarmos de trabalhar como máquinas para nos dedicarmos ao que fazemos de melhor, que é resolver problemas complexos com a sensibilidade e o olhar humano. Mas, para isso ser possível, precisamos revisar nossas lentes e encarar o que entendemos como mudança de outra forma, conectando todas as áreas da empresa nesse convite para a transformação”, pontuou. 

 

Quanto ao agro, Beatriz comentou que, ao contrário do que muitos imaginam, a mentalidade voltada à mudança já chegou até nos lugares mais remotos. “Os produtores estão adotando a inteligência artificial a seu favor. Temos a visão de que o agro é estático, tradicional, raiz, mas até mesmo o pequeno produtor já toma suas decisões com base na tecnologia, pois tem uma mentalidade empreendedora”, afirmou.  

 

O bate-papo trouxe também reflexões sobre as dores de liderar no contexto de mudanças. Para Beatriz, “o maior desafio está em preparar as pessoas para quebrar as barreiras e poder repensar oportunidades”. Lauren acrescentou que, na sua visão, “as barreiras são o sistema que rege as organizações e que impede que as pessoas façam um melhor trabalho”. “Precisamos mudar socialmente, coletivamente, juntos, para entregar melhores resultados. Tentar fazer mudanças rápidas, mexendo em processos e práticas para tentar melhorar não leva à mudança real, pois não seguir com uma mentalidade burocrática. Precisamos eliminar a burocracia tóxica e construir um sistema melhor. Deixar de ver as pessoas como recursos. As pessoas não são, mas possuem os recursos que as organizações precisam. Os talentos são os nossos recursos”, finalizou.

 

“Precisamos ter a consciência de que absolutamente tudo está conectado e que fazemos parte de um sistema”, afirma Marina Pechlivanis

“Gestão sistêmica para um mundo complexo – o poder das conexões” foi a última palestra da tarde de quinta-feira, 22, do CONGREGARH. O conteúdo foi conduzido por Marina Pechlivanis, que é professora, autora de livros e sócia-fundadora da Umbigo do Mundo, empresa especializada em posicionamento de marca e cultura corporativa. Em uma palestra recheada de poesias, com uma abordagem holística, Marina mostrou a relação das coisas, pessoas e momentos e como, de alguma forma ou de outra, está conectado. “Tudo é uma infinita interdependência. Quem tem o poder de criar e de conectar, e de fazer conexões que gerem diversos resultados, somos nós”, refletiu.

 

Na visão de Marina, é importante que as pessoas compreendam os diferentes vieses dessa infinita rede de conexões, para que entendam os possíveis efeitos e possibilidades dentro de um sistema integrado. “Analisar quais são as nossas conexões, por que estamos conectados, quando, separar momentos para rever o repertório, é preciso. Se não fizermos essas ações talvez percamos oportunidades”, observou.

 

Marina falou, ainda, sobre como as ações de cada pessoa influenciam num contexto social e ambiental e divagou sobre conceitos existentes dentro das organizações que, para ela, não têm sentido. “Não existe, por exemplo, ‘para todos’, ‘queremos um mundo melhor’, quando dentro de um grupo existem pessoas que não pensam e agem olhando para o mesmo caminho. Não adianta eu estar bem se você não está bem. Se ilude quem pensa que está sozinho neste mundo em que tudo é visível e tudo está ligado a tudo”, observou.

 

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